Tour de l’Île – C’est parti

C'est parti!

C’est parti!

A temperatura começa a subir e junto com a mudança do clima o ambiente da cidade começa a mudar. Os eventos e festivais começam a pipocar em todo o lugar e você corre o risco de ficar muito cansado se realmente tentar aproveitar tudo. Portanto a cada verão escolhemos atividades diferentes para fazer e a cada ano sempre fazemos algo novo.

No último domingo de maio foi o dia do museu, onde todos os museus de Montreal abrem de graça. Numa outra vez nós fomos ao Biodôme, nesse ano fomos a outros museus, prometo detalhar num próximo post. No domingo passado eu fiz o Tour de l’Île de Montreal, esse mês ainda tem Formula 1, Fête du Quebec e outras atividades. Para ler tudo que já foi postado anteriormente sobre as atividade da temporada primavera-verão clique aqui.

Voltando ao assunto

Mas o assunto desse post é o Tour de l’Île de Montreal. Esse é apenas um dos vários eventos ciclísticos organizados pela VéloQuébec. Mas o que é o Tour? Uma competição? Um passeio ciclístico? Um encontro de ciclistas?

Segunda parada - banda

Segunda parada – banda

É tudo menos uma competição, talvez um passeio ciclístico seria uma melhor definição, mas também é um momento de turismo urbano e um evento cultural. Os eventos em Montreal sempre misturam essas coisas. Para definir melhor seguem as características: um passeio extremamente organizado, um trajeto circular que percorre diferentes regiões da cidade, ruas fechadas exclusivamente para as bicicletas, patrocinadores, 25.000 inscritos e um total de 50km a percorrer.

A distância não assusta os ciclistas de Montreal, sendo um desafio apenas para nós sedentários. Crianças e idosos participam do tour sem se importar com a distância.

A inscrição é paga – cerca de 30 dólares – e dá direito a alguns regalos dos patrocinadores: biscoitos, achocolatado, água e frutas. E também o acesso os banheiros químicos! Por todo o trajeto há voluntários e policiais orientando e garantindo a segurança dos participantes. Nota dez no quesito organização.

Detalhes que fazem toda a diferença

Limonada - 1 dólar

Limonada – 1 dólar

O que me cativa nesses eventos em Montreal são os pequenos detalhes. Alguns dos voluntários faziam a orientação durante o percurso gritavam: “allez-y, vous êtes capables“. Moradores ao longo do travejo ficavam a frente de suas casa para assistir, incentivar ou simplesmente vender limonada. Em alguns pontos de ônibus havia voluntários recrutados pela STM tocando ou cantando e adicionando música à pedalada. Alguns participantes também inovavam com capacetes diferentes.

Nas paradas, os lanches eram distribuídos sem atropelo, cada um esperando sua vez na fila, o clima de cordialidade era presente o tempo todo, todos respeitando o espaço e o ritmo dos outros. Assim dá gosto de pedalar.

Minha experiência particular

Já fazia mais de 20 anos desde a última vez que percorri uma distância dessas em bicicleta, confesso que fiquei apreensivo. Mas fiquei mais confiante ao ver que o percurso da prova era quase todo plano, com exceção de uma boa subida nos últimos 2km – um capricho sádico da direção do evento. O fato de não ser uma competição também ajuda, permitindo que você faça o seu ritmo e descanse quanto tempo quiser nas paradas programadas.

"Team Brazil"

“Team Brazil”

Então atendi ao apelo dos amigos e formamos uma espécie de “Team Brazil” – com 10 brasileiros e um mauriciano – a ideia surgiu entre os amigos da igreja, afinal é bem melhor pedalar juntos, conversando e descobrindo que as pernas do outro também doem.

Apesar da previsão de chuva, o tempo mudou na última hora e ficou simplesmente perfeito para pedalar: mormaço com um sol tímido de vez em quando, temperatura entre 15 e 20 graus. Saí de casa bem cedo e fui para o local da largada de bicicleta mesmo, sabendo que isso deixaria o “meu tour” com quase 60km!

Partimos da Avenue du Parc para o primeiro trecho de 18km, os outros trechos seriam menores: 10km, 10km e 12km. Aproveitamos cada parada para descansar, comer ou beber algo e esperar os outros, afinal nem todos conseguimos manter o mesmo ritmo.

No final as pernas funcionaram melhor do que eu pensei e trecho final de subida foi tranquilamente vencido, na base do devagar e sempre. Na subia da Rue Berri, vi muitos ciclistas empurrando sua bicicleta, era o meu plano B, mas não precisei usá-lo. Agora é aproveitar o verão para pedalar mais, perder uns quilos e ano que vem vai ser bem mais fácil.

Na chegada, uma tímida bandeira quadriculada e os eventos preparados para o fim da festa. Entramos na fila do stand do Supermercado Metro para pegar uma banana assada com uma amostra grátis de chocolate. Excelente pedida para repor as energias. Havia ainda alguns shows, sorteios, roda gigante, mas eu já estava cansado e só pensava em ir pra casa. De bicicleta, é claro!

4 opiniões sobre “Tour de l’Île – C’est parti

  1. Aeee, parabéns Sandro!! 😀

    Eu e o Flavio estavamos bem na metade do percurso (km 24 na ave Gouin) e pudemos fazer a segunda metade do percurso e aproveitar os lanchinhos e a festa no final.

    Eu vi o grupo das touquinhas brasileiras passando, mas nao te reconheci entre eles!

    Achei o evento muito legal e a organizaçao fantastica. Sao 3.000 bénévoles no tour de l’île (mais 1.000 no tour noturno)! Mais um motivo para eu me apaixonar por Montréal! 🙂

  2. Julia,

    Também não vi vocês, mas que bom que ainda deu para fazer 1/2 tour, embora eu ache que a primeira metade do trajeto foi mais bonita.

    Gabriela,

    Fica pro ano que vem então. Eu estarei lá de novo.

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